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TAXA ROSA

Atualizado: 11 de set. de 2022

Você sabe o que é?

Conceitualmente é um termo político e econômico para produtos e serviços que, quando voltados para o público feminino, são consideravelmente mais caros em comparação do que quando voltados para homens.


O que isso quer dizer?

Que mulheres pagam mais caro em coisas exatamente iguais que também existem para homens.


Só por serem simplesmente embaladas para elas.

O mercado de trabalho ainda paga menos para as mulheres, mesmo exercendo as mesmas funções que homens.


Segundo o IBGE, no Brasil as mulheres ganham, em média, 30% a menos que os homens. Além disso, temos também que desembolsar mais na hora de comprar produtos básicos para o dia a dia. Até mesmo, os remédios. Um exemplo disso é o ibuprofeno 400 mg é encontrado nas farmácias como Advil.


A cápsula do mesmo analgésico que vem na embalagem com a palavra "mulher" custa quase o triplo que o mesmo remédio na versão que não especifica o gênero do usuário. Uma diferença de 190%. E ao contrário do que muita gente pensa, a taxa rosa não nos atinge apenas na adolescência ou vida adulta. Exemplo: um macacão de bebê na cor rosa custa cerca de 28% a mais do que o mesmo macacão azul.


Em nota, o IDEC, o Instituto de Defesa do Consumidor, disse que apesar dos fornecedores ou fabricantes terem liberdade de determinar o preço dos produtos, é possível questionar esse tipo de prática de diferenciação de preços por gênero. A recomendação é reunir recibos e notas fiscais para comprovar a distorção e poder formalizar a reclamação nos órgãos de defesa do consumidor.


A taxa rosa acaba reforçando aquele estereótipo de que mulher é consumista e tem impacto negativo na relação que elas mantêm com as finanças. “As mulheres sofrem com o estigma de que são consumistas e as grandes empresas reforçam essa ideia diariamente, desde o berço até a nossa velhice”, avalia Naiane Souza, educadora financeira e minimalista, que incentiva o consumo consciente com base no que realmente é necessário para o cotidiano.


O professor da ESPM, Escola Superior de Propaganda e Marketing, e especialista em comportamento, Fábio Mariano, explica que a distorção vem da percepção do papel da mulher em relação ao consumo. Em 2017, Fabio Mariano coordenou um estudo que confirmou a aplicação da taxa rosa no mercado brasileiro. E ele chama atenção para um problema que aumenta ainda mais a distorção, a diferença de renda entre homens e mulheres.



Fontes: Rádio Agência Nacional | Sem Tabu Shop


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